Bancada Feminista do PSOL

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Propostas

Leia abaixo as propostas da candidatura coletiva da Bancada Feminista do PSOL. Todas as propostas foram formuladas coletivamente não apenas entre as cocandidatas, mas com centenas de pessoas que participaram das várias plenárias programáticas virtuais e abertas que foram realizadas desde a pré-campanha.

Foram realizadas oito plenárias: de apresentação da candidatura, “Ecossocialismo e a cidade”, “A vida LGBTQIA+ e a cidade”, “O povo negro tem direito à cidade!”, “Cultura e resistência popular”, “Por uma cidade educadora”, “Mobilidade – Cidade em movimento” e “Saúde, assistência social e o serviço público para São Paulo”. Ao todo, tiveram a participação de cerca de 1060 pessoas!  Esta forma de construir a campanha é também a forma como encaramos que deva ser um mandato: coletivo, plural, diverso e muito combativo.

Esta é uma campanha-movimento, na qual a participação das pessoas é o motor principal de formulação e funcionamento. Veja abaixo as quase 300 propostas da Bancada Feminista do PSOL:

  1. Projeto da Renda Básica Paulistana: cadastro único dos indivíduos e das famílias mais vulneráveis, incluindo em situações de rua, desemprego, informalidade, doença, prostituição, violência doméstica, maternidade solo, entre outras, garantindo a renda mensal de um salário mínimo para os cadastrados da cidade, utilizando como verba, para isso, a execução dos devedores ativos do município, com destaque, os grandes bancos.
  2. Criação de concursos públicos para vagas em serviços básicos, combatendo o modelo de concessão e terceirização: saúde, educação, assistência social, cultura, esporte e lazer, mobilidade, habitação social, com cotas para pessoas negras e trans.
  3. Criação de empregos formais a partir de Frentes de Trabalho de obras públicas, coordenadas a partir dos diagnósticos sociais das subprefeituras e distritos.
  4. Estímulo e subsídios para agricultura familiar de produtos agroecológicos em regiões periurbanas da cidade (como Parelheiros, Perus, Interlagos), hortas comunitárias em bairros periféricos e terrenos ociosos em áreas centrais, para geração de emprego e combate à fome urbana.
  5. Plano de compras pela prefeitura das produções cooperativas, de pequenos produtores e beneficiários da reforma agrária.
  6. Fim da criminalização e regularização dos trabalhadores ambulantes nos bolsões de comércio na cidade.
  7. Reconhecimento do vínculo empregatício dos trabalhadores de aplicativos, com direito à alimentação, vale transporte, insumos, carga horária diária, aumento do percentual de ganho com viagem e fiscalização municipal sobre as condições de trabalho.
  8. Valorização e fornecimento de equipamentos de proteção às cooperativas de catadoras e catadores.
  9. Valorização do trabalho dos garis.
  10. Fiscalização municipal e qualificação do sistema de denúncia de trabalho escravo em empresas e oficinas.
  11. Estímulo às feiras livres, comerciais e culturais.
  12. Programa integrado de financiamento de estudo de jovens negros e do ensino médio público e políticas de empregabilidade combinadas.
  13. Equiparação salarial entre mulheres e homens, pessoas negras e brancas, para a mesma função, com elaboração de listas de empresas que discriminam salarialmente.
  14. Reforma tributária para garantir distribuição de renda (elevação de alíquota de ISS para instituições financeiras e de IPTU para grandes propriedades imobiliárias).
  15. Não à Lei de Responsabilidade Fiscal! Por uma Lei de Responsabilidade Social, que subordine o orçamento das prefeituras às necessidades dos 99% da população, sobretudo aos bairros periféricos.
  1. Testes gratuitos da Covid-19 na saúde pública municipal.
    2. Distribuição das futuras vacinas da Covid-19 para toda população, através de fila única na rede pública de saúde.
  2. Valorização da rede obstétrica municipal, com implementação de atendimento pré e neonatal integral, com: (i) preparação para o parto humanizado pelo SUS, (ii) ampliação de concursos públicos para profissionais e novas unidades de casas de parto. (iii) processo de acompanhamento continuado, por equipe multidisciplinar do SUS, com foco no cuidado clínico, nutricional e psicológico da pessoa gestante e da criança.
  3. Fim das Organizações Sociais e da terceirização na saúde.
  4. Programa de qualificação profissional para eliminação da violência obstétrica e da mortalidade materna que atinge as mulheres negras, com plano de atenção diferenciada de pré e neonatal.
  5. Plano de incentivo ao aleitamento materno.
  6. Passe livre para gestantes e mães de crianças de colo.
  7. Atendimento para o aborto legal em toda a rede pública e até a 12º semana de gestação, combinado com programa de atenção humanizada em toda rede de assistência obstétrica municipal, com elaboração de um protocolo municipal que qualifique essa atenção.
  8. Serviços de acompanhamento psicológico a mulheres que realizarem aborto.
  9. Divulgação da legislação que permite o aborto no Brasil (nos casos de estupro, risco de vida da mulher e anencefalia) nas unidades de saúde, junto à lista da rede pública apta a realização de tal procedimento.
  10. Qualificação profissional dos trabalhadores dos serviços com formação continuada sobre racismo, discriminação sexual e de gênero.
  11. Investimento em infraestrutura nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), dotando-as de recursos materiais, tecnologias apropriadas, equipamentos e insumos suficientes, com o controle efetivo e democrático dos territórios a partir dos conselhos gestores.
  12. Investimento e valorização dos profissionais na Rede de Atenção à Saúde Mental, nos Centros de Atendimento Psicossocial, nos Serviços Residenciais Terapêuticos e nas unidades de acolhimento, em defesa da reforma psiquiátrica e da luta antimanicomial.
  13. Combate às comunidades terapêuticas e aos convênios com organizações sociais na Rede de Atenção à Saúde Mental.
  14. Programa de planejamento reprodutivo ligado ao Programa Saúde da Família.
  15. Programa de prevenção, com campanha permanente de informação, de infecções sexualmente transmissíveis (IST) no município, com integração ao planejamento da Secretaria Municipal de Educação para o acesso integral a métodos contraceptivos e profiláticos.
  16. Distribuição de absorventes em todas as unidades de saúde, escolas municipais e equipamentos de assistência social.
  17. Políticas que atendam às especificidades da população negra, com processos de formação dos trabalhadores da saúde, e inclusão do fator raça na política nacional de humanização da atenção e gestão do SUS.
  18. Fortalecimento da participação dos movimentos negros nos conselhos e espaços de controle social de saúde.
  19. Responsabilização pela Assistência Social da Coordenação Intersetorial (de forma integrada) das ações e da implementação das políticas públicas para a população em situação de rua.
  20. Construção de restaurantes e lavanderias populares, públicas e gratuitas, nos bairros periféricos
 
 
  1. Não à volta às aulas enquanto não houver distribuição da vacina e segurança para o retorno, disponibilização de tablet e internet para todos estudantes e garantia de segurança alimentar para o conjunto de estudantes e famílias com crianças, adolescentes e jovens nas escolas da rede municipal.
  2. Formação obrigatória dos estudantes e professores da rede municipal sobre a história e cultura do povo negros e dos povos indígenas (Plano Municipal Democrático de Aplicação da Lei 10.639).
  3. Defesa, manutenção e ampliação das políticas de cotas sociais e raciais e de permanência estudantil no ensino superior.
  4. Programa de merenda à rede de escolas municipais com alimentos da reforma agrária e de pequenos produtores.
  5. Atendimento universal às crianças de 0 a 6 anos em creches e escolas de educação infantil pública, gratuitas e de qualidade, em período integral e com refeições adequadas.
  6. Creches com alternativas de horários diferenciados para atender às famílias que necessitam pelo horário de trabalho e como incentivo a mulheres que voltaram a estudar e estão se qualificando profissionalmente.
  7. Programas de educação comunitária para manejo e uso dos recursos naturais do território de forma sustentável.
  8. Promoção de cursos para o incentivo de permacultura e hortas comunitárias principalmente nas periferias.
  9. Combate ao projeto de Paulo Guedes para o Fundeb financiar “vale-creches” em centros de educação infantil privados. Verba pública exclusivamente para a educação pública estatal. Plano de construção de CEIs e EMEIs para zerar a “fila” na educação infantil na rede direta.
  10. Implementação do custo aluno-qualidade: aumento na remuneração dos trabalhadores da educação, com melhorias no plano de carreira, qualificação pedagógica. plano de melhorias nas bibliotecas escolares, laboratórios, quadras, infraestrutura de internet, refeitórios e merenda, transporte, água potável, sistema elétrico.
  11. Apoio e valorização das categorias mais precarizadas no ambiente escolar, como limpeza e cozinha, também mais afetadas pela letalidade por covid-19. Fim das terceirizações destas atividades, garantindo estabilidade para todes trabalhadores terceirizades e realização de concurso público para essas funções.
  12. Investimento e valorização do Programa de Educação de Jovens e Adultos, com ajuda de custo e outros estímulos aos voluntários e professores. Garantia de atendimento de toda demanda desta modalidade de ensino próximo a residência ou local de trabalho.
  13. Política orçamentária que garanta a valorização e compreenda a complexidade da rede municipal (30% do orçamento para a educação).
  14. Programa de aplicação da lei 10.369 em todas as etapas da educação básica, com participação vinculada em conselho deliberativo dos movimentos negros da cidade.
  15. Garantia de formação antirracista para todes trabalhadores em educação de forma permanente. Autonomia das escolas para a construção de um currículo decolonizado refletindo as comunidades numa perspectiva de valorizar as contribuições culturais e educacionais das organizações do movimento negro nos territórios.
  16. Implementação de políticas públicas para responder ao agravamento do adoecimento de trabalhadores em educação com a desburocratização de licenças e afastamentos médicos e fortalecimento do HSPM e de programas de atendimento/acompanhamento médico para servidores.
  17. Apoio à Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
  18. Espaços de educação e acolhimento para filhos de mulheres que querem retomar os estudos.
  19. Combate à privatização e concessão das CEIs, valorizando a administração direta da Prefeitura.
  20. Combate ao Programa “Mais Educação”.
  21. Combate aos projetos de educação domiciliar.
  22. Aplicação dos direitos previstos no Estatuto do Magistério, com garantia da previsão de um terço do tempo dos profissionais da educação voltados a atividade de apoio à docência (formação continuada).
  23. Salários iguais para profissionais com a mesma formação, independentemente da etapa da educação básica em que atua.
  24. Gestão democrática das escolas, com participação efetiva e educativa de mães e pais, familiares e comunidade.
  25. Política orçamentária que garanta a valorização e compreenda a complexidade da rede municipal.
  26. Valorização do Conselho de Escola.
  27. Ampliação da discussão sobre projetos político-pedagógicos, promovendo intercâmbio entre especialistas, famílias e trabalhadores da educação, com envolvimento da comunidade no espaço escolar.
  28. Incentivo à elaboração de inovações curriculares a partir da participação da comunidade da escola e sua relação com o território.
  29. Defesa das infâncias a partir do espaço da cidade, retomando as experiências de Sorocaba, Santos, Marangape.
  30. Garantia e valorização de grêmios estudantis livres, democráticos e independentes, que possam promover trocas e encontros.
  31. Realização de uma Conferência Municipal de Educação.
  32. Política de alimentação orgânica produzida pelos beneficiários da reforma agrária e pequenos produtores nas merendas.
  33. Criação de um projeto de extensão escolar que vise ensinar arte e cultura popular e preparatórios gratuitos para vestibulares da área de artes e comunicação com prova específica.
  34. Incentivo à criação de atividades e oficinas para o acolhimento de mães com crianças pequenas em centros culturais e casas de cultura.
  35. Elaboração de Programas de Incentivo à Leitura, referenciados na cultura popular, africana e indígena.
  36. Integrar os programas de incentivo à cultura das periferias a políticas de mobilidade, educação, saúde, combate ao machismo, ao racismo e à LGBTfobia.
  37. Efetivação dos princípios do Plano Municipal do Livro.
  38. Ampliação dos horários e dias de abertura das bibliotecas municipais.
  1. Desapropriação de imóveis ociosos em bairros centrais para moradia popular, com prioridade a mães solo, mulheres em situação de violência e população em situação de rua.
  2. Programa público subsidiado de locação social, com prioridade para mulheres em situação de rua, de violência, de desemprego, egressas do sistema prisional, imigrantes, travestis em situação de exploração sexual compulsória, mães solo de baixa renda, idosas sem apoio familiar.
  3. Regulação e controle do mercado de aluguel para garantia da ocupação da população de baixa renda nas áreas centrais com infraestrutura de serviços públicos.
  4. Regularização fundiária em favelas e ocupações, com programas de mutirão para construção de espaços de convivência de crianças, jovens, adultos e idosos (praças, quadras, parquinhos, hortas comunitárias, bibliotecas, centros de cultura).
  5. Suspensão dos despejos por falta de pagamento.
  6. Autogestão da produção habitacional. Promoção de mutirões autogeridos com participação qualificada das mulheres na elaboração do projeto e na divisão do trabalho no canteiro de obras, com garantia de assessoria técnica.
  7. Garantia da titularidade feminina nos programas habitacionais.
  8. Por programas de combate à gentrificação e assistência integral às pessoas em situação de rua, com abrigamento interdisciplinar e política de locação social.
  9. Prioridade para mães solo no atendimento habitacional de todas as espécies.
  10. Fim das remoções violentas cumpridas pela polícia.
  11. CPI de investigação sobre incêndios criminosos em favelas e ocupações.
  12. Remoção de comunidades em áreas de mananciais, com plena garantia de moradia digna.
  13. Garantia de moradia popular combinada com a produção de hortas comunitárias (seguindo o exemplo da experiência da Comuna Urbana do MST em Jandira que, a partir da cultura, de ações comunitárias, consolidou um interessante processo).
  1. Ocupações de espaços ociosos para torná-los ocupações culturais, atuando diante da ausência do Estado / Município.
  2. Transferência de gestão das Casas de Cultura do Município das subprefeituras para a Secretaria Municipal de Cultura, acabando com o monopólio de vereadores sobre as verbas e atividades destes espaços.
  3. Incentivo aos espaços culturais independentes da cidade, como coletivos, casas e ocupações culturais, organizações de bairro etc.
  4. Apuração de laudos periciais emitidos pelas últimas gestões sobre edificações que supostamente deveriam ser “fechadas”, onde estão as ocupações e os centros culturais com suspeita de interesse político.
  5. Segurança para desenvolver a produção periférica nos espaços de ocupação e centros de cultura, sempre ameaçados com despejos e reintegrações de posse.
  6. Criação de Lei de Fomento às Periferias e defesa desta política junto ao município. (Lei Municipal nº 16.496/2016).
  7. Articulação e trocas de experiências de coletividades da cidade toda, criando uma rede forte de combate à desigualdades e retrocessos na distribuição de recursos.
  8. Valorização da produção cultural periférica: ampliação do orçamento para o fomento e controle social democrático da sua destinação pelos coletivos periféricos.
  9. Combate à corrupção dentro da secretaria municipal de cultura. Ampliar orçamento e combinar com isso o combate ao clientelismo para eleger certas organizações que sempre ganham os editais. Controle democrático para superar a desigualdade na distribuição dos recursos.
  10. Iniciativas de fomento a partir de editais e centros de formação – acesso à cultura e arte para população negra e periférica.
  11. Ampliação e controle do orçamento destinado pela lei de fomento às periferias
  12. Formação e visibilidade de artistas negros e periféricos: cinema, quadrinhos, artes plásticas, teatro, literatura, etc.
  13. Valorização e ampliação dos Centros de Cultura e bibliotecas comunitárias nos bairros nos extremos.
  14. Valorização do slam, do hip hop, do funk e sua ligação com equipamentos e espaços comunitários locais.
  15. Fortalecimento de jornalistas e coletivos de mídias negras e periféricas.
  16. Incentivo à representação da população negra na SECOM, pela criação de uma gaveta sobre a temática negra.
  17. Políticas de integração das manifestações culturais e artísticas das diferentes regiões de São Paulo.
  18. Pensar espaços de reconhecimento e diálogo com a população negra evangélica.
  19. Plano de Justiça de Transição: políticas de memória e verdade que visem à extinção de monumentos e obras públicas em homenagem à ditadores e escravocratas. substituição de nomes de ruas, monumentos e obras públicas para memória de figuras negras na história brasileira e mundial.
  20. Edital para produção de monumentos e obras públicas que valorizem a história indígena e africana.
  21. Programa de renda básica aos trabalhadores da cultura que tiveram seus projetos profissionais suspensos durante a pandemia.
  22. Reconhecer os 200 fluxos de funk em São Paulo e avançar nas políticas direcionadas: realizar levantamento do impacto econômico que os fluxos têm para as famílias nos territórios que são trabalhadores informais.
  23. Incentivo à produção e visibilidade das artes e culturas negra e indígena.
  24. Tendas de oficinas itinerantes de artes, música, teatro e brincadeiras nas áreas mais afastadas da cidade.
  25. Programa de incentivo público ao teatro, envolvendo os espaços públicos da cidade, distribuição do fomento, consolidação de públicos diversos e interface com a secretaria de educação para desenvolvimento de projetos junto às escolas municipais.
  26. Valorização e incentivo ao grafite.
  27. Investimento e reformulação da SP Cine.
  28. Valorização da produção cultural digital e de mídia livre.
  29. Implementação da Lei do Projeto Ruas Abertas, que comunicam as ruas das comunidades aos trabalhadores culturais locais.
  30. Ampliação dos pontos de wi-fi nos bairros periféricos combinando incentivo a iniciativas de cultura digital.
  31. Defender a tarifa zero para o transporte público como forma de garantir o acesso à estabelecimentos culturais da cidade.
  32. Passe-livre para estudantes do ensino básico aos museus, teatros, mostras de arte e eventos culturais da cidade.
  33. Garantir o direito universal à meia entrada a cinemas e eventos esportivos de instituições privadas a jovens estudantes de até 29 anos.
  34. Ampliação ao fomento e valorização dos coletivos culturais periféricos.
  35. Fomento a projetos culturais voltados à ecologia.
  1. Repensar o papel da Guarda Civil Municipal: desmilitarização e a reestruturação da Guarda Municipal como órgão público, com servidores estatutários, voltado para o controle do tráfego, a vigilância dos próprios municipais e o apoio à fiscalização e controle urbano por parte das demais secretarias.
  2. Organizar um controle externo efetivo da Guarda Municipal, com ouvidorias independentes e corregedorias independentes, administrativamente desvinculadas da Secretaria Especial de Ordem Pública.
  3. Promover a reestruturação das técnicas de treinamento da Guarda Municipal de acordo com uma formação democrática fundamentada na promoção da democracia, do antirracismo, dos direitos humanos e na garantia de direitos e na defesa das liberdades.
  4. Criação do Conselho Municipal de Segurança Popular (CMSP).
  5. Plano Municipal de Segurança Popular.
  6. Investir no aperfeiçoamento da produção de dados sobre conflitos urbanos.
  7. Elaborar Plano para estimular o uso dos espaços públicos, junto com os conselhos de moradores de cada subprefeitura e Conselhos Participativos.
  8. Estabelecer metas, em acordo com a estrutura orçamentária do município, para criar, em conjunto com o Tribunal de Justiça, o Ministério Público, a Defensoria Pública, a Ordem dos Advogados do Brasil/SP, o Conselho Regional de Psicologia e o Conselho Regional de Serviço Social, centros de mediação de conflitos voltados para a elaboração de métodos coletivos de soluções não penais para a resolução dos conflitos urbanos em todas as regiões administrativas da cidade.
  9. Negociar junto ao Governo do Estado a transformação do antigo prédio do DOPS (e atualmente uma delegacia na Rua Tutóia) em um espaço de memória das resistências e das lutas sociais e em um centro de pesquisa voltado para a prevenção e o combate à tortura.
  10. Proibição da presença cotidiana da PM e da GCM dentro das escolas municipais.
  11. Suspensão das ações de zeladoria que violentam a população em situação de rua.
  12. PL que proíba a repressão a artistas de rua e o confisco de materiais por parte da polícia militar, da GCM e de guardas de instituições pública ou privada.
  13. Proibição de repressão aos bailes funks na cidade de São Paulo.
  14. Combater toda forma de criminalização pelo Estado – em especial a policial – da cultura das periferias, garantindo estrutura e incentivo ao funk.
  15. Justiça pelo Massacre de Paraisópolis. programa de combate ao terrorismo de Estado nos territórios das periferias.
  1. Plano de combate ao feminicídio e à violência doméstica, com serviços de acolhimento emergencial  e programas de moradia e emprego às mulheres em situação de violência. Protocolo de atendimento em toda a rede de serviços básicos municipais para acolhimento com articulação em rede, com administração direta dos serviços. Integração com a Secretaria Municipal de Educação para Programa de Educação Sexual e de Gênero nas escolas.

 

MORADIA

  1. Atendimento habitacional definitivo para mulheres em situação de violência doméstica.
  2. Imediata regulamentação da Lei Municipal nº 17.320/20 que estabeleceu o direito ao auxílio aluguel nos casos de violência contra a mulher.
  3. Ampliação do valor do auxílio aluguel para os casos de violência doméstica.
  4. Não obrigatoriedade de registro de ocorrência em delegacia de polícia para o acesso ao auxílio aluguel.

 

ASSISTÊNCIA SOCIAL

  1. Municipalização dos serviços de atendimento às mulheres.
  2. Ampliação dos serviços de atendimento multidisciplinar às mulheres em situação de violência doméstica, como os CDCM’s e CRM’s.
  3. Fortalecimento dos serviços de atendimento multidisciplinar, para que a Prefeitura possa garantir estrutura com acessibilidade e condições materiais de trabalho da equipe técnica. Além disso, que a Prefeitura, nos casos dos convênios existentes, garanta os investimentos necessários para a segurança do serviço, assegurando a integridade das usuárias e das trabalhadoras, muitas vezes expostas ao comportamento perseguidor dos agressores.
  4. Investimento da Prefeitura na garantia de horas técnicas (hoje inexistentes para os CDCM’s) onde possa existir a formação continuada da equipe.
  5. Destinação orçamentária para que os serviços de atendimento possam auxiliar as usuárias com as tarifas de transporte público em todos os encaminhamentos necessários.
  6. Central de vagas transparente para que os serviços de atendimento possam diretamente contatar os abrigos e centros de acolhida para mulheres e articular o seu acolhimento provisório.
  7. Maior destinação orçamentária para o pernoite em hotel nos casos de ausência de vagas nos abrigos e na casa de passagem.
  8. Ampliação do número de abrigos sigilosos na cidade de São Paulo.
  9. Ampliação do número de centros de acolhida para mulheres na cidade de São Paulo.
  10. Impedimento da exigência de boletim de ocorrência para o abrigamento ou qualquer outro atendimento socioassistencial.
  11. Oferecimento das condições necessárias, como custeamento do transporte e da mudança nos casos em que a mulher opte por mudar de município ou estado.
  12. Ampliação da concessão de cestas básicas pelo CREAS.
  13. Inclusão entre os benefícios previdenciários da licença remunerada de até seis meses para mulheres vítimas de violência machista para que elas possam dar um primeiro passo rumo à superação dos traumas físicos e/ou psicológicos em plena segurança no que se refere à manutenção do seu emprego e garantia de subsistência durante o afastamento.

 

SAÚDE

  1. Capacitação para que os agentes comunitários de saúde possam fazer as orientações necessárias para os casos de violência contra a mulher que sejam identificados em visita domiciliar.
  2. Ampliação do Centros de Atenção Psicossocial – CAPS para atendimento das demandas por atendimento psicológico individualizado, considerando os sintomas de adoecimento psíquico das mulheres submetidas à violência.
  3. Atendimento sigiloso e individualizado das mulheres que compartilharem episódios de violência, com a devida orientação necessária.

 

ARTICULAÇÃO EM REDE

  1. Elaboração de uma orientação para que sejam identificados e prontamente atendidos os casos emergenciais de violência por todos os trabalhadores da rede de serviços essenciais.
  2. Serviços que possam ser “porta de entrada” dos casos de violência – como postos de saúde, delegacias de defesa da mulher ou delegacias comuns – devem agir de forma imediata na identificação do risco de morte e articular diretamente o abrigamento, evitando-se, assim, encaminhamentos que prolonguem a permanência da mulher junto com o agressor.

 

EDUCAÇÃO

  1. Pelo debate de gênero e sexualidade incluídos nos planos municipais de educação.
  2. Ampla campanha nos serviços públicos (transporte, escolas, universidades, hospitais, postos de saúde) de educação contra a cultura machista e a violência, bem como de incentivo e divulgação de canais de denúncia.

 

SEGURANÇA E SISTEMA DE JUSTIÇA

  1. Dispensa da exigência de boletim de ocorrência para solicitação das medidas protetivas de urgência.

SANEAMENTO

  1. Municipalização e ampliação do investimento no saneamento básico.
  2. Água como direito fundamental: proibição de cortes e redução da pressão do fluxo de água fornecida às periferias.
  3. Municipalização do fornecimento de água, contra o avanço da privatização e financeirização.
  4. Coleta e tratamento de esgoto para preservação de mananciais e proteção da saúde pública.
  5. Regularização e fiscalização no saneamento básico de estruturas residenciais, comerciais e industriais na cidade, de modo a tornar os rios mais limpos.
  6. Construção de plano municipal sobre os serviços de água, esgotos, lixo e drenagem das águas de chuva construído com a participação da população.

 

PARQUES E ÁREAS VERDES

  1. Revisão das concessões dos parques urbanos feitos na gestão Covas.
  2. Reforma e revitalização dos parques e praças públicas em mau estado nas periferias.
  3. Gestão comunitária e democrática dos parques.
  4. Criação de mais parques públicos no centro e nas periferias para acesso a esporte, lazer, saúde pública, educação, controle da vazão da água das chuvas e combate às enchentes.
  5. Programas de cursos livres e gratuitos de dança, capoeira, artes marciais nos parques.
  6. Programa de uso por creches e escolas de ensino fundamental dos parques, para educação ambiental das novas gerações.
  7. Veto à privatização ou concessão de áreas verdes.

 

RIOS URBANOS

  1. Projetos de agroecologia nas regiões de mananciais, principalmente na área do Grajaú e Marsilac.
  2. Destamponamento, limpeza e revitalização dos rios urbanos.
  3. Criação de parques lineares ao longo dos cursos de água, com garantia habitacional para eventuais populações removidas.
  4. Reflorestamento das matas ciliares.
  5. Proibição de construções e descarte de dejetos nas margens dos rios.

 

AUTONOMIA E SEGURANÇA ALIMENTAR

  1. Utilização de bases agroecológicas para a produção de alimentos em áreas verdes na cidade.
  2. Criação de hortas comunitárias nas periferias, utilizando terrenos abandonados ou grandes propriedades com dívidas de IPTU.
  3. Fundo emergencial para apoiar as ações em curso de entidades da sociedade civil organizada para a distribuição de alimentos, roupas e barracas para a população em situação de rua.
  4. Incentivo a hortas comunitárias, principalmente nas periferias, a partir de políticas públicas de desestímulo do uso de agrotóxicos no município.
  5. Realizar formações locais com os moradores da região para cultivo da horta comunitária, em convênio com a escola municipal da região.
  6. Promover bancos de sementes na cidade para alimentar as hortas comunitárias funcionando como fundos solidários.
  7. Espaços de compostagem para alimentar hortas urbanas, com a concepção do ciclo completo entre alimentação e descarte, evitando a degradação do solo com lixo de matérias não aproveitadas.

 

LIXO, RECICLAGEM E COMPOSTAGEM

  1. Controle público e democrático do sistema de coleta municipal de lixo, para combater a máfia das empresas ligadas ao recolhimento de lixo e aos aterros.
  2. Programa de redução do uso dos aterros, substituindo pela coleta seletiva e sistema público de compostagem.
  3. Ampliação para todas as regiões do sistema de coleta seletiva de lixo reciclável.
  4. Projetos de orientação sobre separação de lixo doméstico, com reciclagem e reuso do lixo sintético e adubagem e produção de biogás com o lixo orgânico.
  5. Coleta do resíduo para produção de adubo em composteiras em pátios públicos de referência na cidade.
  6. Construção de usinas públicas de reciclagem com criação de emprego e valorização do trabalho de catadores.
  7. Ampliação e melhoria do Programa Composta São Paulo, para troca entre composteiros recebedores e doadores.

 

REFLORESTAMENTO E ARBORIZAÇÃO

  1. Programa de reflorestamento da cidade, buscando recuperar a área desmatada na cidade de Mata Atlântica.
  2. Plantio em larga escala de plantas nativas da Mata Atlântica nas avenidas e ruas de maior fluxo, em todas as regiões.
  3. Serviço público de jardinagem urbana com mais investimento e gestão democrática e comunitária, para promoção de atividades de troca de conhecimento entre cientistas e saberes populares e tradicionais e a formação dos trabalhadores na área.
  4. Reflorestamento da cidade de São Paulo, buscando recuperar parte da área desmatada na cidade da Mata Atlântica, o bioma mais devastado do Brasil até hoje.

 

TERRAS INDÍGENAS

  1. Garantia das áreas indígenas demarcadas em contexto urbano e reserva da biosfera no entorno dessas áreas, proibindo desmatamento e empreendimentos imobiliários.
  2. Construção de parques voltados à preservação das áreas indígenas.
  3. Criação de um memorial da cultura guarani e promoção de feiras indígenas na cidade.
  1. Plano de transportes baseado em outra matriz energética prevendo a diminuição da emissão de poluentes na atmosfera, incluindo a poluição sonora.
  2. Recolocação dos trabalhadores que atuam no transporte coletivo baseado em combustível fóssil em vagas de trabalho na produção de energia limpa.
  3. Municipalização do transporte público, investindo em modais eletrificados, em vez de subsídios ao consumo de automóveis individuais.
  4. Aumento de linhas, aumento no número de ônibus elétricos para fluxos com trajetos menos longos e subsídio nas tarifas.
  5. Pressão e fiscalização sobre o governo estadual para construção de mais linhas de metrô e trens.
  6. Ampliação da largura das calçadas para pedestres, carrinhos e criação de mais faixas de bicicleta, incentivando e garantindo o uso em condições seguras da bicicleta pela população.
  7. Ampliação da mobilidade urbana para atender à população negra nas periferias.
  8. Ampliação dos investimentos públicos no transporte coletivo.
  9. Defender a tarifa zero e enfrentar a máfia dos transportes através da reestatização do transporte coletivo. Como medida imediata, passe livre sem restrições para estudantes, desempregados (as) e todas e todos que receberam auxílio emergencial.
  10. Melhorias na acessibilidade para deficientes.
  11. Defesa da estabilidade no emprego de motoristas e cobradores (as) de ônibus. Contra a dupla função.

EDUCAÇÃO

  1. Lutar pela inclusão do debate transversal da diversidade de gênero e sexualidade, a prevenção às IST/HIV/AIDS, do enfrentamento a LGBTfobia, o ensino da história e cultura da Comunidade LGBTQIA+ e promover uma cultura de paz nas escolas municipais e sua inclusão no Plano Municipal de Educação (PME).
  2. Tornar lei municipal a inclusão de educação sexual e de gênero nas escolas, de acordo com a faixa etária.
  3. Projeto de permanência contra a evasão de LGBTQIA+ nas escolas: defesa da criação de um programa de auxílio psicológico, econômico e social na cidade de São Paulo.
  4. Projeto de combate à discriminação, sensibilização e conscientização à diversidade sexual e de gênero nas escolas do município: promoção de palestras e formação continuada para professores da Rede Municipal, com projetos que aproximem as famílias e a comunidade do bairro.
  5. Combate da violência escolar contra a população LGBTQIA+ (incluindo a violência sexual que é comum, praticadas sobretudo contra lésbicas, bissexuais, assexuais e pessoas trans).
  6. Programas de mediação de conflitos, que envolva educadores, estudantes, pais e comunidade, como estratégia de combater a violência escolar, principalmente aquela motivada por preconceito ou discriminação em relação à sexualidade e de gênero.
  7. Lutar por projeto de incentivo à formação de pessoas trans nas UniCeus. por cotas Trans no acesso a vagas.
  8. Articulação permanente da mandata com sindicatos de professores da rede municipal.
  9. Fortalecer o projeto TransCidadania, que promove condições de autonomia financeira, por meio da transferência de renda condicionada à execução de atividades relacionadas à conclusão da escolaridade básica e formação profissional. O projeto foi aprovado em decreto em 2015, mas deve ser transformado em lei.
  10. Advogar pela inclusão de pessoas trans nas Universidades por meio de políticas afirmativas e de permanência, junto ao Governo Estadual e Federal, em especial, para aqueles que forem expulsas de casa ou não tenham vínculo familiar acessarem moradia e auxílio estudantil, sem necessidade de comprovação de renda.
  11. Projeto de sensibilização e capacitação dos Centros de Integração de Educação de Jovens e Adultos (CIEJA) para que os professores da Rede Municipal estejam sensibilizados sobre a realidade de pessoas trans expulsas de casa e retomando os estudos.
  12. Respeito ao nome social nas escolas e universidades, com foco nas escolas da rede municipal de ensino.
  13. Lutar pelo caráter laico da educação pública na rede municipal de São Paulo.
  14. Defesa do ensino de história e cultura LGBTQIA+ nas escolas da Rede Municipal.
  15. Incluir o respeito e uso do nome social de travestis, transexuais e demais pessoas trans nos registros escolares da rede municipal e respeitar o uso de banheiros e uniformes conforme sua identidade de gênero, independente do registro civil da pessoa.
  16. Garantir a laicidade do ensino em todos os âmbitos educativos públicos, seja no conteúdo de ensino e nas dependências físicas das escolas.
  17. Campanhas de conscientização sobre a não patologização das identidades trans, intersexo e assexuais.

 

ASSISTÊNCIA SOCIAL

  1. Criação de renda mínima municipal para população LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade.
  2. Ampliação de vagas em centros de acolhimento e qualificação dos serviços já existentes (ex. Zachi Narchi e Florescer) com garantia de abrigamento das pessoas trans de acordo com suas identidades de gênero autodeclaradas nos abrigos públicos existentes.
  3. Defesa, criação e fiscalização dos centros de referência e Assistência Social (CRAS) que acolhem as LGBTQIA+ idosas e casa de passagem permanente para pessoas trans em situação de vulnerabilidade social ou expulsas de casa.
  4. Propor a criação e atuar na fiscalização de Centros de Cidadania nos territórios das subprefeituras de forma territorializada.
  5. Defesa da implementação de equipes interdisciplinares nos Centros de Referências e Assistência Social e Centros de Cidadania LGBTQIA+ com formação adequada para o atendimento a essa comunidade.
  6. Defesa da criação de Centros de Assistência Social específicos voltados à população Trans em situação de rua e prostituição.

 

PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL

  1. Estabelecer diálogo permanente com os coletivos e movimentos LGBTQIA+ para monitorar a atuação dos governos e da Secretaria de Direitos Humanos.
  2. Espaços para diálogo e articulação entre os coletivos LGBTQIA+ da cidade (podemos pensar, entre outros, em realização de Conferências e ativação do Conselho Municipal LGBTQIA+, que já existe, mas está esvaziado).
  3. Criação de audiências públicas voltadas ao combate à violência LGBTfóbica.
  4. Observatórios LGBTQIA+ da cidade, incentivados pelo mandato articulando coletivos e lideranças LGBTQIA+
  5. Canais de comunicação do mandato com a sociedade civil para prestação de contas.
  6. Publicização do organograma das covereadoras para estruturar os mecanismos democráticos de tomada de decisão do mandato.

 

TRABALHO

  1. Lutar pela criação de política afirmativa de cotas para pessoas trans no serviço público municipal e rede conveniada.
  2. Defender a promoção da contratação de pessoas trans no mercado de trabalho privado, com foco na criação de ações afirmativas por meio de projeto de lei.
  3. Igualdade de oportunidades e tratamento justo às pessoas LGBTQIA+ no âmbito do funcionalismo público (respeito ao uso do nome social, campanhas de conscientização nas categorias).
  4. Promoção de renda, trabalho e formação profissional a partir da ampliação das vagas e do escopo do Projeto TransCidadania.
  5. Ampliação da oferta e divulgação de cursos profissionalizantes que considerem as especificidades e demandas da população LGBTQIA+.
  6. Fortalecer projetos sociais sobre educação e profissionalização da população LGBTQIA+, com foco nas pessoas trans.
  7. Incentivar parcerias com instituições profissionalizantes para destinação de vagas para as pessoas trans, além da área de beleza.
  8. Promover a inclusão da juventude LGBTQIA+ nos programas governamentais de capacitação para o trabalho.
  9. Incentivar e garantir a contratação de serviços e produtos de pessoas trans nas aquisições de materiais e insumos pelas câmaras e prefeituras.
  10. A promoção de ações a fim de garantir que pessoas LGBTQIA+ não sejam discriminadas em seu acesso profissional ou demitidos por qualquer estabelecimento público ou privado, em função de sua sexualidade e/ou identidade de gênero.
  11. Proibir a exigência, em concurso ou processo de seleção de pessoal de requisito relacionado com aparência, origem, raça e etnia, sexo, cor, credo religioso, convicção política, sexualidade, identidade de gênero ou qualquer outra forma de discriminação, bem como sua divulgação dos respectivos editais e anúncios publicitários.

 

DIREITO À CIDADE

  1. Criação de programa de moradia, aluguel social e albergues para LGBTQIA+ que foram expulsas de casa, em situação de vulnerabilidade, prostituição e em situação de rua.
  2. Criação de casas de acolhimento humanizadas, territorializadas, sem alojamentos superlotados e que respeitem a liberdade e individualidade das moradoras.
  3. Reconhecimento e acolhimento da população imigrante LGBTQIA+, respeitando as diversidades culturais e de expressão de gênero de cada cultura.
  4. Inserção de placas de respeito ao nome social em todos os equipamentos públicos municipais, em especial de saúde, educação, assistência, direitos humanos e cultura.
  5. Criação de Lei municipal de uso de banheiros públicos respeitando a identidade de gênero da população.
  6. Que a revista e/ou busca em travestis e mulheres transexuais seja feita por agente de segurança feminina em respeito à sua identidade de gênero.
  7. Instituir, ampliar e/ou fortalecer a criação de um plano municipal de promoção à diversidade e cidadania LGBTQIA+.
  8. Garantir a isenção de taxas para pessoas trans hipossuficientes nos cartórios, por ocasião do processo de retificação de nome e gênero previsto no provimento nº 73/2018 do CNJ.

 

CULTURA, ESPORTE E LAZER

  1. Criação de editais da Secretaria Municipal de Cultura destinados a coletivos LGBTQIA+ para desenvolvimento de projetos culturais que sejam destinados à comunidade.
  2. Criar Centros de Cultura e Memória LGBTQIA+ recuperando a função social de imóveis tradicionais que marcaram a história da cidade como importantes referenciais culturais e hoje se encontram abandonados, desconfigurados ou subutilizados, dando prioridade aos bairros populares do subúrbio.
  3. Os Centros de Cultura e Memória LGBTQIA+ serviriam para ministrar oficinas, aulas e apresentações de música, dança, teatro, cinema, fotografia e artes plásticas, dentro de uma política de investimento na produção territorializada de arte independente, popular e tradicional, privilegiando artistas locais e valorizando a história de cada bairro.
  4. Garantia de acesso à cultura LGBTQIA+: criação de um projeto de lei que impeça a repressão ou o recolhimento de materiais que abordam a temática (como cartilhas, HQs, livros etc.) nas escolas, livrarias e centros culturais.
  5. Projeto de lei de incentivo a circulação de materiais da cultura LGBTQIA+ nos equipamentos já existentes, como os centros culturais dos bairros e bibliotecas.
  6. Garantir a representação e a visibilidade das travestis e transexuais nas campanhas e atividades culturais do município.
  7. Incentivar a divulgação dos eventos LGBTQIA+, atividades, ações de turismo, esporte e lazer, inclusive por material gráfico e internet, incluindo sites e redes sociais específicos do segmento.   criação e divulgação de um guia LGBTQIA+ de cultura, turismo, lazer, incluindo estabelecimentos comerciais devidamente capacitados para atender o público LGBTQIA+, além de conter informações e telefones úteis, a ser distribuído nos espaços públicos da cidade, com foco nos grandes eventos realizados.
  8. Criar ação conjunta para a conscientização e inclusão da comunidade LGBTQIA+ junto aos profissionais do esporte por meio de capacitação e distribuição de materiais informativos em ações, atividades e eventos esportivos municipais. e estimular parcerias junto a Secretaria Municipal de Esportes para criar atividades conjuntas dialogando esporte e combate ao preconceito LGBTQIA+.

 

SEGURANÇA PÚBLICA

  1. Pela desmilitarização da GCM e pela criação de departamento específico treinado para combate à violência de gênero, combate a LGBTfobia e formação de guardas para atendimento humanizado (com capacitação da Guarda Civil Municipal sobre as questões relacionadas ao respeito à diversidade e o combate à violência contra LGBTQIA+).
  2. Promover a criação de centros de denúncia pela Secretaria de direitos humanos e atendimento autônomos às polícias para recebimento de denúncias anônimas de LGBTfobia. Melhorar a iluminação do centro e das periferias de São Paulo.
  3. Lei municipal de combate ao estupro corretivo contra lésbicas, assexuais e bissexuais e de acolhimento dessas vítimas.
  4. Ampliação para a população LGBTQIA+ da Lei 16.490/2016, que determina que mulheres e idosos podem descer fora do ponto de parada dos ônibus entre 22 horas e 5 horas.
  5. Políticas municipais para a criação de certificados para estabelecimentos públicos e privados de “espaços livres de preconceito”.
  6. Mapeamento de dados sobre violência sofrida por população LGBTQIA+ (espécie de dossiês) nos territórios do município pela Secretaria de Segurança Pública.
  7. Defender a criação de legislação para coibir grupos de ódio que se articulam contra a democracia (grupos fascistas, neonazistas etc.).
  8. Garantir junto aos órgãos de segurança estadual e a Polícia Militar, a presença de postos e/ou patrulhas nos pontos apontados como de grande incidência de violência contra a população LGBTQIA+.

 

SAÚDE

  1. Realizar campanha permanente de informação e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (IST) no município.
  2. Ampliação das políticas públicas voltadas a prevenção e tratamento do HIV/aids e manutenção do Programa Municipal de DST/Aids.
  3. Protocolo de atendimento de saúde ginecológica e integral de mulheres lésbicas, bissexuais, pessoas assexuais e homens trans no SUS.
  4. Defender uma maior territorialização das UBS que oferecem as terapias e procedimento do processo transexualizador do SUS.
  5. Defender a coibição da LGBTfobia nos serviços de saúde, tal como o desrespeito ao nome social ou identidade.
  6. Ampliação das unidades de saúde destinadas a IST e AIDS e facilitação na distribuição de PREP e profilaxia pós exposição, bem como de preservativos, para a população LGBTQIA+, em especial para a população em situação de rua e trabalhadores do sexo. Garantir orçamento para tais demandas.
  7. Fortalecimento da Estratégia Saúde da Família (ESF) e dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), com o devido reconhecimento das entidades e arranjos familiares das LGBTQIA+.
  8. Implementação no município da Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.
  9. Implantação no município do Protocolo de Atenção à Saúde das Pessoas Intersexo, já em andamento no Comitê Municipal de Saúde LGBTQIA+.
  10. Instituir, ampliar e/ou fortalecer ambulatórios especializados na saúde integral da população trans.
  11. Garantia do fornecimento da medicação prevista para a hormonização de pessoas trans na rede pública.
  12. Garantia de uma política de redução de danos e acesso aos cuidados da saúde da população trans, com olhar especial sobre o uso de silicone industrial, cuidados das IST, HIV/AIDS, Tuberculose e Hepatites virais, e uso abusivo de álcool/drogas.
  13. Garantir aos homens trans e transmasculines acesso ao aborto legal nos casos previstos pela lei.
  14. Garantir aos homens trans e transmasculines assistência à concepção e contracepção, o atendimento pré-natal e a assistência ao parto, ao pós-parto e a/ao recém-nascida/o.
  15. Instituir, ampliar e/ou fortalecer centros de atendimento a prevenção e cuidados com as IST, HIV/AIDS, tuberculose e hepatites virais.
  16. Implementar os quesitos “sexualidade” e “Identidade de Gênero”, por autodefinição, nos prontuários e fichas de atendimento nos serviços municipais de saúde.
  17. Desenvolver ações a fim de incentivar a contratação de Travestis e Transexuais, para atuar como agentes comunitárias de saúde na Secretaria Municipal de Saúde e parceiros.
  18. Capacitar as equipes e profissionais de saúde com foco nas atividades dos profissionais do sexo, de modo a abranger suas práticas sexuais e desenvolver métodos de prevenção e acompanhamento aos riscos envolvidos, provendo um ambiente acolhedor, saudável e humanizado para o atendimento.
  19. Educação continuada com profissionais da saúde e da rede SUS do município sobre as questões LGBTQIA+.
  20. Política de erradicação da patologização das identidades intersexo e assexual nos serviços de saúde, nos acolhimentos dos profissionais.
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Sirlene Maciel

Professora, sindicalista e sambista nas horas vagas! Nasceu no bairro da Penha, Zona Leste de São Paulo. Filha de um gráfico e uma tecelã, trabalhou no comércio, em supermercado, em telemarketing e como professora nas redes estadual e municipal de SP. Desde 2008, leciona língua Portuguesa e Literatura no Centro Paula Souza na Etec Prof. Aprígio Gonzaga e na Etec Tereza Nunes. É mestra em Estudos Literários pela Unesp Araraquara. Possui experiência nas lutas em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. Foi diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE), gestão 2001-2003. Participou da Executiva da Apeoesp de Guarulhos e do Conselho Geral do Sinpeem (Sindicato dos Profissionais de Educação do Município de SP). Atualmente, é representante da Etec Prof° Aprígio Gonzaga no Conselho de Base do Sinteps.

Paula Nunes

Covereadora da Câmara Municipal de São Paulo com a Bancada Feminista PSOL. Ativista do movimento de juventude Afronte e do movimento negro desde 2012. Participa da Marcha de Mulheres Negras de São Paulo e ajudou a construir diversos outros grupos de combate ao racismo na cidade, como a Coalizão Negra por Direitos e o Comitê Contra o Genocídio da Juventude Negra. É advogada criminalista e defensora de direitos humanos, tendo a segurança pública como uma de suas principais pautas. Antes disso, integrou a gestão do Centro Acadêmico 22 de agosto na PUC/SP.

Silvia Ferraro

Covereadora pela Bancada Feminista do PSOL na Câmara Municipal de São Paulo. Professora de História da rede municipal de ensino, mãe e ativista da frente Povo Sem Medo e do movimento feminista. Sua militância política começou já na adolescência, a partir do movimento estudantil, da Pastoral da Juventude e das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Começou a dar aulas na escola pública com 20 anos e, desde então, construiu uma trajetória de luta em defesa da educação. Foi candidata do PSOL ao Senado em 2018, quando obteve mais de 208 mil votos só na capital, a maior votação do partido na cidade. É membra do Diretório Nacional do PSOL.

Paula Nunes

Atualmente, covereadora da Câmara Municipal de São Paulo com a Bancada Feminista PSOL. Ativista do movimento de juventude Afronte e do movimento negro desde 2012. Participa da Marcha de Mulheres Negras de São Paulo e ajudou a construir diversos outros grupos de combate ao racismo na cidade, como a Coalizão Negra por Direitos e o Comitê Contra o Genocídio da Juventude Negra. É advogada criminalista e defensora de direitos humanos, tendo a segurança pública como uma de suas principais pautas. Antes disso, integrou a gestão do Centro Acadêmico 22 de Agosto na PUC/SP.

Mariana Souza

Militante ecossocialista, bissexual, vegana anticapitalista, educadora e socióloga. Moradora de Mauá, no ABC, foi co-candidata à vereança em Curitiba em 2020. É servidora pública municipal da Educação em Santo André. Já foi educadora social no terceiro setor; trabalhou no Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar do Paraná (CECANE/UFPR) e com mediação de conflitos socioambientais. É ativista no Movimento Antirracista Dandara, do ABC.

Carolina Iara

Atualmente, covereadora da Câmara Municipal de São Paulo com a Bancada Feminista PSOL. É mulher intersexo, travesti, negra e vive com HIV/aids. Mestranda em Ciências Humanas e Sociais pela Universidade Federal do ABC, pesquisa sobre empregabilidade de pessoas negras que vivem com HIV. É assistente de políticas públicas da Secretaria Municipal de Saúde e militante do Coletivo Loka de Efavirenz, da Rede de Jovens São Paulo Positivo (RJSP+) e da Associação Brasileira Intersexo (ABRAI). Também é escritora e poeta.

Carolina Iara

CoVereadora da Câmara Municipal de São Paulo com a Bancada Feminista PSOL. Mulher intersexo, travesti, negra e vivendo com HIV/aids. Mestranda em Ciências Humanas e Sociais pela Universidade Federal do ABC, pesquisa sobre empregabilidade de pessoas negras que vivem com HIV. É assistente de políticas públicas da Secretaria Municipal de Saúde, tendo trabalhado 10 anos em hospital público, seja em pronto socorro ou no atendimento a vítimas de violência doméstica. Tem uma trajetória de mais de dez anos nos movimentos de Saúde, pessoas vivendo com HIV/AIDS e das LGBTQIA+.

Dafne Sena

Covereadora pela Bancada Feminista do PSOL na Câmara Municipal de São Paulo. Advogada criminalista de formação, foi trabalhadora de aplicativos, é militante ecossocialista, vegana por um veganismo popular e integra a Coordenação Estadual da Setorial Ecossocialista do PSOL.

Natália Chaves

Covereadora pela Bancada Feminista do PSOL na Câmara Municipal de São Paulo. Militante ecossocialista e pelo veganismo popular. Formada em Letras, é tradutora, tendo contribuído com a Revista Jacobin. Participa do Coletivo Anticapitalista por um Veganismo Acessível e Livre de Opressão (C.A.V.A.L.O.) e da Marcha das Mulheres Negras de São Paulo.