Entendemos o mandato coletivo como uma ruptura com o modelo personalista e messiânico da velha política. Nossa unidade e nossa diversidade são partes da mesma esperança que nos move. Pretendemos, com a composição de nossa nova pré-candidatura, expressar esse projeto em nossos corpos: somos mães, negras, periféricas, trabalhadoras, bissexuais, militantes.

Somos sementes. Desejamos semear a ideia de que é possível lutar por outra cidade, sem desigualdades e opressões. Nosso feminismo visa libertar não só as mulheres, mas todas as pessoas e seres.

Somos ecossocialistas: queremos uma sociedade resiliente e adaptada às mudanças climáticas, com justiça social para superar os limites do capitalismo. Somos antirracistas: entendemos que uma sociedade igualitária só será possível a partir do combate ao racismo e à lógica da branquitude. Somos transinclusivas: nosso feminismo é para todas as mulheridades, cis e trans, para todas as transmasculinidades e para pessoas não-binárias.

Praticamos um feminismo popular, que tem a periferia como centro. Nossa missão é organizar o povo nas favelas, vielas e comunidades, articulando muitos movimentos, a partir da educação popular, dos coletivos de cultura e das associações de bairro.

Como professoras e mães, compreendemos que feminismo é sinônimo de ensino público valorizado desde a primeira infância. A maioria da comunidade escolar é feminina. Creches e escolas de qualidade, principalmente nas periferias, são estratégicas para garantir os direitos de mulheres, crianças e adolescentes.

Acreditamos que o feminismo, para ser plenamente emancipatório, precisa ser protagonizado por mulheres trabalhadoras, periféricas, negras, indígenas, trans, mulheres em situação de rua, idosas, PCDs, imigrantes, as encarceradas e as mães, irmãs e filhas de encarcerados e vítimas da violência do Estado.