O Brasil é o país que mais mata homossexuais no mundo. Essas pessoas são assassinadas por amar quem amam, por serem quem são. Lésbicas, gays, bisexuais, transexuais, pessoas intersexo, que têm negado seu direito ao amor, e viram ser retirados, muitas vezes através da violência, o seu direito de viver. Porém, essa juventude que hoje expressa seu amor pede vida, e exige respeito.
A construção da autoestima de pessoas não brancas, em especial pessoas negras e indígenas, é um processo de dor e auto descoberta. Pessoas negras são ensinadas a odiar seu corpo natural, seu cabelo, sua pele, seus traços, na busca por um padrão de beleza branco. Apesar da estética negra ter ganhado espaço na mídia e entre algumas empresas, pessoas negras e indígenas ainda são vistas como exóticas, como minorías que devem ser tuteladas, quando na verdade são a maioria. Que o respeito à identidade étnica seja uma premissa nas relações de igualdade em nossa sociedade. Para isso, a introdução deste debate desde os primeiros anos escolares é fundamental. O papel das leis 10.639 e 11.645 é suscitar este debate, e vários outros, sobre uma ótica que desconstrua essa imagem negativa de pessoas negras e indígenas.
Mulheres negras são a base da pirâmide social. Estão nos piores postos de trabalho e são maioria nas piores condições de vida, sendo, muitas vezes, o pilar que sustenta famílias inteiras. Historicamente, isso as transformou em criadoras de novos modelos de organização social, de comunidades e coletivos. Como suas vidas são políticas, elas dão vida a políticas de solidariedade, redes de apoio e de trabalho. Durante a Pandemia, foram elas que garantiram a sobrevivência de suas famílias, se arriscando para colocar comida no prato ou organizando estratégias para que não faltasse comida no prato de outras famílias.
A periferia respira cultura. Cada canto da cidade é uma fábrica de talentos dos mais variados. Em São Paulo, cada baile funk equivale a um balé real, cada samba na laje abre alas para as escolas de Samba, cada grafite na parede da cidade é um pedaço em céu aberto do Museu de Artes Sacras. A Cultura da periferia, que é cultura negra, é pulsante, renovadora e precisa cada vez mais de incentivo. Perdemos talentos todos os dias para a violência, para a fome, para o abandono. Sem acesso à cultura, impedimos nossa juventude de viver. Para isso se faz necessária uma política de incentivo a construção de centros culturais, cinemas, teatros e aparelhos de lazer nas periferias da cidade, além da valorização dos projetos culturais que já existem.
A falta de moradia digna é um dos principais problemas sociais da cidade de São Paulo e o principal gerador de desigualdades. A maior cidade do país possui casas suficientes para abrigar toda a sua população sem teto, porém, em nome do lucro dos bancos, se naturalizou a pobreza. Temos visto diversos casos de desabamentos motivados pelas fortes chuvas que, na última semana, causaram a morte de um homem no bairro de Paraisópolis, além de deixar várias famílias desabrigadas. Este problema poderia ser resolvido se o Estado cumprisse com seu dever de garantir condições dignas de moradia para a população. Prédios vazios devem possuir função social e não contribuir com a especulação imobiliária.
A insegurança alimentar alcançou níveis nunca antes vistos no Brasil. Pessoas comem restos do lixo para garantir uma alimentação mínima. Os altos preços de insumos básicos, além dos preços absurdos das carnes hoje, fazem com que a população se sinta desesperada, sem saber se haverá comida no dia de amanhã. A fome e a miséria, que também tem cor e endereço, tomaram conta do país e na cidade mais rica da nação, vemos casos desesperadores. Encontramos ainda mais pessoas negras, que retornaram para a faixa da miséria durante os últimos 5 anos. É urgente um plano de alimentação que não apenas garanta a sobrevivência da população mais pobre, com saúde, sem veneno e pobreza nutricional.
Advogada criminalista, mãe do Martin e autista com diagnóstico tardio. Militante ecossocialista e parte da coordenação da Frente São Paulo Pela Vida. Participou da resistência popular contra as revisões do Plano Diretor e da Lei de Zoneamento da cidade. Desde 2021, é covereadora da Bancada Feminista do PSOL.
Ativista em defesa da educação pública, professora de História da rede municipal de ensino e mãe da Victoria. Iniciou sua atuação política na luta contra a ditadura militar, participando da Pastoral da Juventude e do movimento estudantil secundarista. Candidata ao Senado em 2018 e, desde 2021, covereadora da Bancada Feminista do PSOL.
Professora, sindicalista e sambista nas horas vagas! Nasceu no bairro da Penha, Zona Leste de São Paulo. Filha de um gráfico e uma tecelã, trabalhou no comércio, em supermercado, em telemarketing e como professora nas redes estadual e municipal de SP. Desde 2008, leciona língua Portuguesa e Literatura no Centro Paula Souza na Etec Prof. Aprígio Gonzaga e na Etec Tereza Nunes. É mestra em Estudos Literários pela Unesp Araraquara. Possui experiência nas lutas em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. Foi diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE), gestão 2001-2003. Participou da Executiva da Apeoesp de Guarulhos e do Conselho Geral do Sinpeem (Sindicato dos Profissionais de Educação do Município de SP). Atualmente, é representante da Etec Prof° Aprígio Gonzaga no Conselho de Base do Sinteps.
Covereadora da Câmara Municipal de São Paulo com a Bancada Feminista PSOL. Ativista do movimento de juventude Afronte e do movimento negro desde 2012. Participa da Marcha de Mulheres Negras de São Paulo e ajudou a construir diversos outros grupos de combate ao racismo na cidade, como a Coalizão Negra por Direitos e o Comitê Contra o Genocídio da Juventude Negra. É advogada criminalista e defensora de direitos humanos, tendo a segurança pública como uma de suas principais pautas. Antes disso, integrou a gestão do Centro Acadêmico 22 de agosto na PUC/SP.
Covereadora pela Bancada Feminista do PSOL na Câmara Municipal de São Paulo. Professora de História da rede municipal de ensino, mãe e ativista da frente Povo Sem Medo e do movimento feminista. Sua militância política começou já na adolescência, a partir do movimento estudantil, da Pastoral da Juventude e das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Começou a dar aulas na escola pública com 20 anos e, desde então, construiu uma trajetória de luta em defesa da educação. Foi candidata do PSOL ao Senado em 2018, quando obteve mais de 208 mil votos só na capital, a maior votação do partido na cidade. É membra do Diretório Nacional do PSOL.
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Simone Nascimento é Feminista Negra, Jornalista formada na PUC-SP e Mestranda na USP, é membra da Coordenação Estadual do Movimento Negro Unificado São Paulo, ativista da Marcha das Mulheres Negras de São Paulo e Co-Fundadora do RUA - Juventude Anticapitalista. Em 2020 foi candidata do PSOL a vereadora da cidade de São Paulo.
Atualmente, covereadora da Câmara Municipal de São Paulo com a Bancada Feminista PSOL. Ativista do movimento de juventude Afronte e do movimento negro desde 2012. Participa da Marcha de Mulheres Negras de São Paulo e ajudou a construir diversos outros grupos de combate ao racismo na cidade, como a Coalizão Negra por Direitos e o Comitê Contra o Genocídio da Juventude Negra. É advogada criminalista e defensora de direitos humanos, tendo a segurança pública como uma de suas principais pautas. Antes disso, integrou a gestão do Centro Acadêmico 22 de Agosto na PUC/SP.
Militante ecossocialista, bissexual, vegana anticapitalista, educadora e socióloga. Moradora de Mauá, no ABC, foi co-candidata à vereança em Curitiba em 2020. É servidora pública municipal da Educação em Santo André. Já foi educadora social no terceiro setor; trabalhou no Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar do Paraná (CECANE/UFPR) e com mediação de conflitos socioambientais. É ativista no Movimento Antirracista Dandara, do ABC.
Atualmente, covereadora da Câmara Municipal de São Paulo com a Bancada Feminista PSOL. É mulher intersexo, travesti, negra e vive com HIV/aids. Mestranda em Ciências Humanas e Sociais pela Universidade Federal do ABC, pesquisa sobre empregabilidade de pessoas negras que vivem com HIV. É assistente de políticas públicas da Secretaria Municipal de Saúde e militante do Coletivo Loka de Efavirenz, da Rede de Jovens São Paulo Positivo (RJSP+) e da Associação Brasileira Intersexo (ABRAI). Também é escritora e poeta.
CoVereadora da Câmara Municipal de São Paulo com a Bancada Feminista PSOL. Mulher intersexo, travesti, negra e vivendo com HIV/aids. Mestranda em Ciências Humanas e Sociais pela Universidade Federal do ABC, pesquisa sobre empregabilidade de pessoas negras que vivem com HIV. É assistente de políticas públicas da Secretaria Municipal de Saúde, tendo trabalhado 10 anos em hospital público, seja em pronto socorro ou no atendimento a vítimas de violência doméstica. Tem uma trajetória de mais de dez anos nos movimentos de Saúde, pessoas vivendo com HIV/AIDS e das LGBTQIA+.
Covereadora pela Bancada Feminista do PSOL na Câmara Municipal de São Paulo. Militante ecossocialista e pelo veganismo popular. Formada em Letras, é tradutora, tendo contribuído com a Revista Jacobin. Participa do Coletivo Anticapitalista por um Veganismo Acessível e Livre de Opressão (C.A.V.A.L.O.) e da Marcha das Mulheres Negras de São Paulo.