A Portaria nº 2.282/2020, publicada pelo Ministério da Saúde do Governo Bolsonaro em 28 de agosto, obriga a notificação obrigatória de autoridade policial pelos profissionais de saúde que realizarem o atendimento da mulher vítima de estupro e prevê a “oferta” do exame de ultrassom para que a vítima visualize o feto ou embrião. A norma ainda obriga o armazenamento do feto para averiguação de material genético, com fins de investigação policial.
Com a introdução dessas novas medidas, a Portaria altera radicalmente as possibilidades do direito ao aborto para mulheres no Brasil já previstas na legislação brasileira. Na prática, inviabiliza a garantia do procedimento, fazendo com que o Estado potencialize esta brutal violência contra mulheres, penalizando-as com gestações fruto de estupro. Além disso, retira a autonomia dos profissionais de saúde nos serviços especializados, que poderão exercer sua prática apenas com o condão da polícia.
É nítido que a Portaria vem como uma resposta reacionária e misógina à comoção nacional gerada pelo caso da menina de 10 anos, que engravidou depois de ser vítima de estupro por familiares no Espírito Santo. A saga cruel a que esta criança foi submetida, tendo seu procedimento autorizado por lei negado pela equipe médica do Hospital Hucam, em Vitória-ES, e depois sendo obrigada a se deslocar até o Recife, onde realizou o procedimento sob os gritos de seitas fundamentalistas do lado de fora, é expressão de uma realidade alarmante e alargada – agora mais ainda – pela violência institucional.
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2019, mais da metade das vítimas de estupro no Brasil são menores de 13 anos, 75% são cometidos por familiares, o que torna mais difícil a notificação das ocorrências do crime; apenas entre 2017 e 2018, foram registrados 120 mil casos de estupro. Esta ultraviolência contra meninas e mulheres, de acordo com especialistas, provavelmente aumentou durante a circunstância de distanciamento em função da pandemia, muito embora os registros tenham diminuído.
Para defender a autonomia das crianças e das mulheres, é preciso lutar pela manutenção dos protocolos que existiam antes da Portaria, desobrigando as mulheres a registrarem ocorrência em delegacia para serem atendidas integralmente pelos serviços públicos de saúde. Por isso, este abaixo-assinado se soma à iniciativa do PSOL, junto a outros partidos de oposição ao governo, que protocolou ontem (02.09) uma ADPF no Supremo Tribunal Federal para barrar a vigência da Portaria, defendendo que se trata de um conjunto de medidas que violam a dignidade das vítimas. Nossa luta é pela vida das meninas e das mulheres!
A cidade de São Paulo é o epicentro da pandemia de Covid-19 no Brasil.
Só há uma saída para evitar o colapso do sistema hospitalar e salvar milhares de vidas: quarentena total, ou seja, a paralisação dos serviços e das atividades que não são essenciais.
Essa quarentena total só pode ser garantida com renda e direitos sociais para as pessoas em situação de vulnerabilidade.
É importante e necessário que a prefeitura de São Paulo, a capital mais rica do país, reconheça que o auxílio emergencial nacional é insuficiente para quem vive na cidade, famílias que pagam aluguéis altos, que estão sem o suporte da merenda escolar e que lidam com os custos elevados da cesta básica.
O governo municipal tem que garantir um programa de renda básica complementar ao auxílio emergencial, com o valor que faça o benefício chegar a um salário mínimo.
Se você também concorda com a renda básica complementar paulistana, assine este abaixo-assinado e contribua com várias medidas de pressão sobre o Ministério Público, a Prefeitura de São Paulo e
a Câmara Municipal de Vereadores de São Paulo.
Advogada criminalista, mãe do Martin e autista com diagnóstico tardio. Militante ecossocialista e parte da coordenação da Frente São Paulo Pela Vida. Participou da resistência popular contra as revisões do Plano Diretor e da Lei de Zoneamento da cidade. Desde 2021, é covereadora da Bancada Feminista do PSOL.
Ativista em defesa da educação pública, professora de História da rede municipal de ensino e mãe da Victoria. Iniciou sua atuação política na luta contra a ditadura militar, participando da Pastoral da Juventude e do movimento estudantil secundarista. Candidata ao Senado em 2018 e, desde 2021, covereadora da Bancada Feminista do PSOL.
Professora, sindicalista e sambista nas horas vagas. Nasceu no bairro da Penha, Zona Leste de São Paulo. Filha de um gráfico e uma tecelã, trabalhou no comércio, em supermercado, em telemarketing e como professora nas redes estadual e municipal de São Paulo. Desde 2008, leciona Língua Portuguesa e Literatura no Centro Paula Souza, na Etec Prof. Aprígio Gonzaga e na Etec Tereza Nunes. É mestra em Estudos Literários pela Unesp Araraquara. Possui experiência nas lutas em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. Atualmente, é presidenta da Ateps (Associação das Trabalhadoras e dos Trabalhadores do Centro Paula Souza). Foi diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE), gestão 2001-2003. Participou da Executiva da Apeoesp de Guarulhos e do Conselho Geral do Sinpeem (Sindicato dos Profissionais de Educação do Município de SP).
Advogada criminalista e defensora de direitos humanos, tem a segurança pública como uma de suas principais pautas. Iniciou sua militância no movimento de juventude e no movimento negro em 2012, integrando a gestão do Centro Acadêmico 22 de Agosto do Direito PUC/SP, além de ter ajudado a construir coletivos de combate ao racismo, como a Coalizão Negra por Direitos, o Comitê Contra o Genocídio da Juventude Negra e a Frente Pró-Cotas nas universidades estaduais paulistas. Na adolescência, fez parte da coordenação do grupo de jovens da Igreja Santo Antônio de Lisboa, na Zona Leste de São Paulo, e da Juventude Palotina do Brasil. É ativista da Marcha das Mulheres Negras de São Paulo e do movimento de juventude Afronte, e foi covereadora com a Bancada Feminista do PSOL na Câmara Municipal de São Paulo (2021-2023).
Covereadora pela Bancada Feminista do PSOL na Câmara Municipal de São Paulo. Professora de História da rede municipal de ensino, mãe e ativista da frente Povo Sem Medo e do movimento feminista. Sua militância política começou já na adolescência, a partir do movimento estudantil, da Pastoral da Juventude e das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Começou a dar aulas na escola pública com 20 anos e, desde então, construiu uma trajetória de luta em defesa da educação. Foi candidata do PSOL ao Senado em 2018, quando obteve mais de 208 mil votos só na capital, a maior votação do partido na cidade. É membra do Diretório Nacional do PSOL.
</a
Simone Nascimento é feminista negra, jornalista formada na PUC-SP e mestranda na ECA-USP, na área de Comunicação e Cultura do Programa de Integração da América Latina. Faz parte da Coordenação Nacional do Movimento Negro Unificado, da Marcha das Mulheres Negras de São Paulo e é fundadora do RUA - Juventude Anticapitalista. Em 2020, foi candidata do PSOL a vereadora da cidade de São Paulo. Em 2022, fez parte da coordenação política da campanha vitoriosa de Lula. Em 2023, é codeputada estadual da Bancada Feminista do PSOL e compõe o Conselho de Participação Social do governo Lula.
Advogada criminalista e defensora de direitos humanos, tem a segurança pública como uma de suas principais pautas. Iniciou sua militância no movimento de juventude e no movimento negro em 2012, integrando a gestão do Centro Acadêmico 22 de Agosto do Direito PUC/SP, além de ter ajudado a construir coletivos de combate ao racismo, como a Coalizão Negra por Direitos, o Comitê Contra o Genocídio da Juventude Negra e a Frente Pró-Cotas nas universidades estaduais paulistas. Na adolescência, fez parte da coordenação do grupo de jovens da Igreja Santo Antônio de Lisboa, na Zona Leste de São Paulo, e da Juventude Palotina do Brasil. É ativista da Marcha das Mulheres Negras de São Paulo e do movimento de juventude Afronte, e foi covereadora com a Bancada Feminista do PSOL na Câmara Municipal de São Paulo (2021-2023).
Cientista social com habilitação em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas. Militante ecossocialista, bissexual, vegana popular e educadora. Cria do ABC, fez parte de uma candidatura coletiva à vereança de Curitiba, em 2020. Foi servidora pública municipal das secretarias de Educação dos municípios de Santo André e Mauá. Também atuou no Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar do Paraná (CECANE/UFPR), e como mediadora de conflitos socioambientais; entre outras atividades profissionais e militantes ligadas ao direito à cidade, à soberania alimentar e por justiça ambiental, social e climática.
Carolina Iara é mulher intersexo, travesti, negra e vive com HIV/aids. Foi covereadora da Câmara Municipal de São Paulo com a Bancada Feminista do PSOL. É mestranda em Ciências Humanas e Sociais pela Universidade Federal do ABC e pesquisa sobre empregabilidade de pessoas negras que vivem com HIV. É assistente de políticas públicas da Secretaria Municipal de Saúde (onde trabalhou por 7 anos com vítimas de violência doméstica e sexual) e é militante do Coletivo Loka de Efavirenz, da Rede de Jovens São Paulo Positivo (RJSP+), dos movimentos de HIV/AIDS e LGBTQIA+, e da Associação Brasileira Intersexo (ABRAl) a qual ajudou a fundar. Também é escritora e poeta.
Carolina Iara é mulher intersexo, travesti, negra e vive com HIV/aids. Foi covereadora da Câmara Municipal de São Paulo com a Bancada Feminista do PSOL. É mestranda em Ciências Humanas e Sociais pela Universidade Federal do ABC e pesquisa sobre empregabilidade de pessoas negras que vivem com HIV. É assistente de políticas públicas da Secretaria Municipal de Saúde (onde trabalhou por 7 anos com vítimas de violência doméstica e sexual) e é militante do Coletivo Loka de Efavirenz, da Rede de Jovens São Paulo Positivo (RJSP+), dos movimentos de HIV/AIDS e LGBTQIA+, e da Associação Brasileira Intersexo (ABRAl) a qual ajudou a fundar. Também é escritora e poeta.
Covereadora pela Bancada Feminista do PSOL na Câmara Municipal de São Paulo. Militante ecossocialista e pelo veganismo popular. Formada em Letras, é tradutora, tendo contribuído com a Revista Jacobin. Participa do Coletivo Anticapitalista por um Veganismo Acessível e Livre de Opressão (C.A.V.A.L.O.) e da Marcha das Mulheres Negras de São Paulo.