Uma coalizão de vereadores, movimentos sociais, ONGs ambientalistas e pesquisadores será lançada na Câmara Municipal de São Paulo para promover debates com agendas socioambientais na cidade. A iniciativa, encabeçada pela Bancada Feminista do PSOL, já conta com 10 pedidos de co-autoria de diversos partidos e terá um evento de abertura dos trabalhos na próxima quarta-feira (30), às 19h, no auditório Prestes Maia, da Câmara de Vereadores.
“O nosso objetivo é trazer para o poder legislativo um debate ambientalista e climático que faça a urgente e necessária conexão entre gênero, raça e classe.”, afirma a co-vereadora Nathalia Santana, da Bancada Feminista. A Frente será uma continuidade de um trabalho legislativo iniciado no ciclo 2021/2024, também por iniciativa da Bancada Feminista do PSOL.
Ainda de acordo com Nathalia, a importância dessa Frente se justifica em razão de eventos climáticos extremos como aqueles vividos pelo Jardim Pantanal, no início do ano. Chuvas intensas em fevereiro levaram a enchentes que deixaram parte da população imersa em água suja por mais de uma semana. “Desastres como estes acontecem com mais frequência em regiões como o Jardim Pantanal, com maioria de pessoas negras. Isso chamamos de racismo ambiental”, explica Santana. “Já passou da hora da Câmara apresentar propostas de combate a essa política na cidade de São Paulo”, segue a co-parlamentar.
A Frente irá trabalhar quatro eixos ao longo desta legislatura: justiça climática, transição ecológica, territórios e orçamento climático. Em conjunto com outros mandatos na Câmara, como os de Keit Lima e Amanda Paschoal, ambas do PSOL, a proposta é organizar agendas que não se restrinjam ao espaço físico da Câmara Municipal, tendo reuniões mensais e outras agendas também ocorrendo nos territórios. A Frente ainda passará pela aprovação em plenário, com previsão para o primeiro semestre de 2025.